Gemi de aprovação ao sentir um peso sobre mim e sorri ainda de olhos
fechados. O cheiro masculino era inebriante e eu soube que poderia ficar na
cama o dia todo sentindo aquela respiração em meu peito. Lutando contra a minha
vontade, abri os olhos e fechei-os novamente assim que senti o sol me aquecendo
e me ofuscando. Esfreguei as pálpebras e lembrei que Travis não tinha dormido
comigo na noite passada. Abri os olhos agora assustada e foquei a imagem à minha
frente.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAH! — Gritei empurrando o maldito enquanto puxava o
lençol até ao pescoço. Vi Joseph remexer-se e franzir a testa.
— MAS QUE MERDA É ESSA? — Explodi tentando empurrar o elefante que tinha
tomado posse da minha cama.
— Isso é lá forma de acordar alguém? — Perguntou o animal se espreguiçando,
ainda tentando me puxar para perto dele de novo.
— O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SEMINU NA MINHA CAMA SEU TARADO? — Gritei querendo
ver-me livre dos braços dele.
— Estava dormindo como um bebé com uma gostosa do lado. Isso antes de ser
importunado.
— SAÍ DAQUI SEU DEMÓNIO! — Gritei empurrando-o com os pés. Eu tinha que
recorrer a reforços já que os braços não eram o suficiente.
— Não. — Negou agarrando a minha coxa. Como ele ousa?
— SAAAAAAAAAAAAI!
Vendo que não conseguia tirá-lo da cama, juntei os dois pés e empurrei-o
com toda a força que pude até que ele caiu no chão com um estrondo. Outch!
— MERDA! TÁ DE TPM SUA DOIDA? — Perguntou Joseph sentando-se no chão com
uma mão na nuca. — Você ia me matando. — Ri diabolicamente satisfeita e depois
gritei em alto e bom som o futuro do pecador.
— ESPERO QUE MORRA E QUEIME NO INFERNO!
Depois disso levantei-me da cama e saí porta fora antes que desmembrasse o
anormal que pensava ser dono do mundo. Parei no meio da sala tentando respirar
fundo para me acalmar, mas as palavras do irritante só me fizeram olhar o taco
de basebol com uma promessa de sangue.
— Credo! Menstruação é foda. — Ouvi-o dizer. Peguei no pedaço de madeira
que pensei ser inútil e adentrei o quarto com ele em ponto para atingir uma
cara ainda amassada pelo sono.
Joseph arregalou os olhos ao ver-me e sorriu amarelo antes de começar a
correr à frente da prova do futuro crime que parecia ter ganhado vida própria.
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— A princesa vai demorar? — Perguntei irónica enquanto batia o pé num gesto
nervoso.
— Não. Já estou pronto. — Respondeu Joseph saindo do banheiro ainda
ajeitando o cabelo. — Você queria me matar. Eu tive que me recompor.
— Tive vontade de fazê-lo. Teve sorte que depois achei o taco muito
violento para o primeiro dia. Agora corre para o carro que já estamos
atrasados. — Ordenei pegando o casaco e a mala.
— Eu não sou um cachorro para ser tratado assim. — Disse indignado. Olhei-o
com um olhar assassino e aproximei-me apontando o dedo na cara dele.
— Você invadiu o meu quarto a meio da noite, deitou na minha cama, me fez
de travesseiro, ainda por cima seminu, e fica se arrumando como se fosse o
príncipe de Inglaterra. Até um cachorro merece melhor tratamento que você!
Joseph piscou duas vezes assimilando as minhas palavras afiadas e em
seguida sorriu malicioso. Já sabia que ia sair merda daquela boca, por isso
revirei os olhos e andei até à porta.
— Você é um travesseiro gostoso.
— Eu vou te ignorar. — Falei mais para mim mesma do que para ele. O dia só
estava começando. Eu podia perfeitamente ignorá-lo. Interiorizando o meu novo
mantra, tranquei a casa ouvindo Joseph resmungar atrás de mim e segui até ao
carro. - Isso mesmo. Ignorar.
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— Você é tão irritante que fica difícil te ignorar! — Praguejei batendo a
porta do carro já no estacionamento da empresa. Menos de dez minutos de caminho
e Joseph já tinha conseguido quase fritar o meu cérebro. Não perdi tempo à
espera do demónio e logo atravessei a estrada em direção ao edifício
assustadoramente alto.
— Espera! — Pediu correndo atrás de mim. Sorri para um velhinho que passava
por mim todos os dias e logo ouvi Joseph dizer. — Ela me ama! — Ri ironicamente
e tentei passar por entre a multidão de uma segunda-feira de manhã. Finalmente
cheguei à porta do edifício e respirei fundo enquanto me virava para Joseph.
— Só lhe peço uma coisa. Se comporte. – Pedi. Eu não estava me importando
com ele e a paciência era zero, mas era o meu emprego que estava em causa. Se
Sarah estivesse num dia não, seria despedida.
— Qual é o problema de um pouco de boa disposição, hein? — Perguntou
colocando as mãos nos bolsos das calças jeans.
— O problema é que a minha chefe é uma quarentona recatada que anda sempre
de cara feia. Eu só estou te pedindo para se comportar. Eu não posso perder
este emprego. — Expliquei de forma resumida. Joseph apenas sorriu e eu ajeitei
o cabelo que voava com o vento.
— Eu sou muito bem comportado. Você é que quis me arrastar para o seu local
de trabalho. — Bufei irritada e vi-o sorrir satisfeito. Não iria retrucar desta
vez.
— Vamos logo. Já estou atrasada. — Disse caminhando para a porta. Joseph
seguia-me ainda com aquele sorriso super radiante no rosto.
— Isso é uma desistência? — Perguntou me acompanhando aos elevadores.
Ignorei-o e esperei a lesma chegar. — Você está desistindo! — Disse rindo.
— Por Deus! Você consegue ser tão criança. — Reclamei vendo-o rir
eternamente. Um homem engravatado saiu assim que as portas abriram e eu
massageei as têmporas enquanto Joseph ainda ria. — VAI LOGO JOSEPH! — Gritei
fazendo metade das pessoas no elevador se assustarem.
O dia mal tinha começado e eu já estava passando vergonha à conta de Joseph
Jonas. Para completar o mau começo, o desgraçado ainda choca com a minha chefe
fantasma que aparece vinda do nada no centro de elevadores.
— Perdão. — Pediu o idiota com sorriso no rosto. Finalmente tinha-se
controlado, mas isso não acalmava o suor que corria por minha pele a esta
altura.
— Quem é você? — Perguntou Sarah ao olhá-lo dos pés à cabeça. Incrível como
a cabeleira ruiva parecia ainda mais ruiva com a forte iluminação. Acordei
assim que ela me encarou e apressei-me com as explicações.
— Desculpe Sarah. Joseph é minha responsabilidade. — Disse tentando ter uma
voz firme. — Joseph, esta é Sarah Adams. Minha chefe. — Apresentei.
— Prazer. — Cumprimentou charmoso enquanto estendia a mão.
Sarah sorria maliciosa e Joseph sorria sedutor e com um visto interesse no
pedaço de carne que se encontrava entre nós. Não entendi. Sério que não entendi
o que está havendo.
— Demetria é minha babá. — Brincou piscando.
— Não sou! — Neguei ao ver minha chefe ficar confusa. Isto ia acabar mal. —
Joseph é... — O que é que eu ia dizer? Que era meu irmão? Não! Nunca! — Er, ele
é meu primo. Está a passar uns dias comigo. Em minha casa. — Tentei explicar
sem fugir muito à verdade.
— Demetria é tão mãe coruja que tem medo que eu coloque fogo na casa dela.
Por isso resolveu me arrastar. — Provocou. Ele estava tentando me deixar mal e
eu já conseguia imaginar o taco de basebol trabalhando mais tarde.
— Sério? — Perguntou Sarah me olhando com desdém. Sério que ela acreditava
no idiota? Mais um motivo para odiar a minha patroa!
— Não, não é sério. — Neguei prontamente. — Joseph tem um grave problema e
não pode ficar muito tempo sozinho.
— Qual? — Perguntaram Joseph e Sarah olhando-a. Prendi o riso e tentei
manter uma expressão séria no rosto. Joseph ia pagá-las.
— Safadisse extrema e impotência indesejada. — Disse com pesar na voz.
Joseph olhou-me boquiaberto e negou rapidamente com a cabeça. Dei um sorriso
cínico e continuei queimando a imagem do desgraçado. — Ele é perigosamente
confundido com um tarado e bem, ele tenta, mas parece que nunca ultrapassa a meta.
— Tentei explicar. — Aquela meta. — Insinuei. O elevador parou no sétimo andar
e reparei que alguns dos engravatados prendiam o riso ao sair do espaço
limitado. Joseph olhava-me com raiva e eu apenas sorri satisfeita. — Infelizmente muitos homens sofrem disso. —
Acrescentei com um sorriso de deboche.
— Você me paga! — Ouvi Joseph murmurar entre dentes. — O que acha de me
mostrar a empresa Sarah? — Perguntou simpático. Prendi o riso por ele pensar
que minha chefe aceitaria o convite, mas rapidamente arregalei os olhos ao
ouvir a resposta dela.
— Claro. — Respondeu com um sorriso no rosto.
Joseph deu um sorriso vitorioso e eu fechei a cara ao vê-lo seguir a vareta
de duas pernas para fora do elevador. Minha chefe era uma safada que gostava de
mostrar a empresa a homens tarados. Como nunca percebi?
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— Demi, você vai à sala de cópias? — Perguntou Matt chegando ao meu escritório.
— Vou. — Respondi olhando a tela do computador. — Tenho um monte de cópias
para tirar. — Levantei-me e olhei-o com um breve sorriso. — Precisas de
algumas?
— Sim, se não se importar. Preciso de duas destas, e três destas. — Disse
mostrando quais eram.
— Tudo bem. Deixo na sua mesa depois. — Isto já era costume. Quando alguém
ia até à sala das cópias, tirava para todo o mundo e distribuía pelos
escritórios na vinda.
Fazia uma hora que Joseph sumiu e sinceramente, não me dei ao trabalho de
procurá-lo. Eu sabia que ele podia estar morto num canto qualquer do edifício,
mas eu tinha demasiado trabalho para fazer e cuidar de Joseph não é um deles.
Quer dizer, tecnicamente ele é, mas não é ele que me vai pagar o salário no
final do mês.
Depois de atravessar o hall e receber uma encarada macabra da secretária de
Sarah, finalmente cheguei à apertada sala onde fica a impressora industrial. Na
minha humilde opinião e pela quantidade de impressões diárias que são tiradas,
deviam contratar uma pessoa só para o trabalho de tirar o papel e distribuí-lo.
São milhares os dólares que a empresa gasta em papel ao longo do ano. Deviam
investir em papel reciclado. Poupavam no ambiente e aumentavam no meu ordenado.
Eu sempre imaginei que um dia abriria a porta da sala de cópias e iria
flagrar alguém se pegando ou fazendo algo traumatizante para uma pessoa maior de
idade, mas nunca imaginei que ela se fosse abrir para mim daquela forma. Antes
mesmo de tocar no alumínio frio da maçaneta, a porta abriu-se mostrando algo
que me fez arregalar os olhos assustada. Minha chefe puxava a saia do vestido
caro para baixo e ajeitava os cabelos despenteados. O seu rosto estava
vermelho e sua respiração completamente ofegante. Inclinei o corpo para o meu
lado esquerdo apenas o suficiente para ver Joseph encostado à impressora. Suado
e atrapalhado, tentando fechar o zíper da calça jeans.
— Sabe Demetria, — Começou minha chefe me chamando a atenção. Ela ainda
estava ofegante, mas agora sorria. — o dia dos namorados está chegando. Devia
tirar uns dias de férias.
— Sério? — Perguntei surpresa. Ela nunca "oferecia" férias aos
empregados. A mim muito menos. O que Joseph fez?!
— Sério. Você merece. Tem trabalhado de mais. — Explicou. — E pode trazer o
seu primo quantas vezes quiser. — Disse agora piscando para Joseph. Ela
preparava-se para sair da sala, mas parou a meio do caminho e segredou-me ao
ouvido. — Seu primo não tem problema algum. Deu duas sem cansar.
Fiz uma careta de nojo e vi-a sair enquanto fechava a porta atrás de si.
— Eu não acredito nisso. — Sussurrei voltando a olhar Joseph que já se
tinha recomposto.
— O quê? — Perguntou o tarado confuso.
— Você transou com a minha chefe. No meu local de trabalho! — Disse ainda
sem acreditar.
— Ela não estava mostrando apenas a empresa. — Disse sorrindo malicioso. —
Para uma quarentona ela está bem conservada.
— JOSEPH! — Repreendi escandalizada! O quê? Eu não imaginei que ele fosse
tão tarado assim!
— Quê? É a verdade. — Disse agora adotando uma expressão mais seria. — Sabe
qual é o problema dela? Falta de uma boa foda em casa. O marido deve ser só mais
um idiota no mundo que deixa uma mulher que o ama em casa só para pegar garotas
com idade para serem filhas dele.
— Er, isso foi o quê ela fez. — Disse apontando para a porta. Ele deu um
bom exemplo, mas de um ponto de vista errado. Não estou julgando! Ok, talvez só
um pouquinho. Qual é! Ela é casada!
— Não, Demetria. O quê ela fez chama-se "tirar o atraso". Ela ama
o marido. Isto foi apenas sexo por necessidade. Ou vingança caso ela tenha
descoberto sobre as traições dele. Ela é bela e o marido não a toca faz meses.
O que você pensaria se estivesse no lugar dela?
— Depende do nível de auto-confiança. — Admiti. — Podia pensar que o
problema era comigo ou podia achar que tinha casado com um idiota frouxo. —
Respondi fazendo Joseph rir.
— Exatamente. Entende agora?
— Sim, entendo. — Respondi sincera. — Sorte a minha que eu não sou ela.
Agora me diz que não usaram a impressora. — Joseph riu novamente e negou
ajeitando o cabelo. Comecei a tirar as cópias que precisava e depois encarei
Joseph novamente. — Eu não acredito que tive esta conversa com você. — Disse
agora rindo. — Estou ficando louca.
— Você não está louca. Está de férias. — Lembrou. EU ESTAVA DE FÉRIAS!
— Meu Deus, é verdade. Ela me deu férias. Como ela se lembrou disso? —
Perguntei mais para mim mesma do que para ele. Não era costume da Sarah. Ainda
mais com o olhar de desdém que ela me lançou esta manhã. Milagres existem!
— Não sei. — Respondeu Joseph com um meio sorriso. Olhei-o desconfiada e
vi-o sorrir satisfeito. Não era um sorriso pós-foda.
— Eu não sei o que você fez além do óbvio, mas foi ótimo. — Disse pegando
nas cópias e saindo da sala com Joseph atrás.
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— Oh Deus. Eu não sabia que isto era tão gostoso. — Disse passando a língua
nos lábios. Sinceramente eu perdi a conta de quantas vezes ele fez aquilo.
— Eu falei pra você que iria ser bom. Ainda mais se for por cima. — Disse
como quem diz “Eu te avisei”.
— Você até que sabe satisfazer um homem.
— Claro que sei. — Respondi me sentindo ofendida. Eu era boa naquilo!
— Sério, nunca pensei que sorvete de morango e chocolate com cobertura de
caramelo e marshmallows pudesse combinar. Eu sempre achei esta coisa nojenta. —
Disse Joseph levando mais uma colher à boca. Sério. Ele tinha muito que
aprender!
— Você está até suando. — Disse vendo-o colocar mais um pedaço enorme de
sorvete na boca. — Abranda.
— Você tem noção do que me fez andar? Eu nunca andei tanto na vida! —
Resmungou. — É por isso que eu estou suando.
— Nem na academia?
— Na academia eu corro, não ando. — Disse me fazendo revirar os olhos.
— Certo senhor “Eu Corro”. — Assenti sorrindo. — Gostou de conhecer a
“Cidade Perdida”?
— Não assim tão perdida. —Riu. — Eu poderia me habituar a isto.
— Sério? — Perguntei com certas expetativas. Não acreditava que fosse tão
fácil assim, mas milagres acontecem.
— Não. — Negou voltando a rir. Eu sabia. — Nada é melhor que a vida que eu
tinha. E vou voltar a ter.
— Hum.— Murmurei fazendo uma careta. — Não gostou daqui? Não é assim tão
mau. — Disse largando a taça do sorvete na mesa.
— Eu gosto daqui. — Começou olhando em volta.
— Mas... — Disse esperando continuidade.
— Não sou eu. Isto, — Apontou à nossa volta. — é mais você.
Olhei em volta também e quando o
olhei novamente vi-o encolher o braço e colocar a colher na boca. Fiz uma cara
séria e depois vi-o sorrir como uma criança que sabe que fez besteira.
— Você é tão infantil ás vezes. — Disse sorrindo em seguida. O sorriso dele
era um pouco contagioso.
— Você gosta. — Revirei os olhos ao vê-lo sorrir maliciosamente. — Porque
gosta tanto daqui? — Perguntou vendo que eu não respondera à sua provocação.
Vi-o estender a colher até à minha taça de sorvete de novo, mas desta vez não o
repreendi. Não iria comer tudo isto.
— Este é o único local da cidade onde você pode fazer as misturas que
quiser sem que te olhem estranho. As pessoas nunca gostam do que não é normal.
Preferem julgar do que tentar entender ou aceitar. — Expliquei dando de ombros.
Era verdade e eu sabia disso.
— Como sabe? — Perguntou curioso.
— Experiência própria. — Disse simplesmente. Ele não precisava saber mais e
eu também não estava disposta a contar.
— Certo. — Murmurou enchendo a boca com mais sorvete. Olhei-o divertida e
ri. O estômago dele não tinha fundo?
— Demi? Quem é este cara?
Merda! Merda, merda e mais merda! Olhei a pessoa que tinha parado ao nosso
lado e tirei o sorriso idiota do meu rosto ao ver Travis Queen de braços cruzados
sobre o peito. Reparei que Joseph também o olhou, mas diferente de mim, ele
apenas sorriu totalmente alheio à minha sentença de morte.
— Travis! — Exclamei surpresa. Ok, eu sei que pareceu uma falsa surpresa,
mas merda! Eu estava realmente surpresa. E também estava sem uma explicação credível
para o fato de estar partilhando sorvete com um cara desconhecido enquanto o
meu namorado assistia. Tudo bem, não era um homem desconhecido, mas Travis não
sabia disso. Levantei-me meio trémula e aproximei-me para beijá-lo brevemente. Travis
pouco correspondeu e eu senti-me rejeitada e culpada por não lhe ter contado
antes. Fiz a única coisa que conseguia fazer naquele momento. Apresentei-os
oficialmente. — Este é Joseph. Joseph, este é Travis, meu namorado.
Vi Travis encará-lo com arrogância e por algum motivo o gesto não me
agradou. Pela vontade do meu namorado ele iria assassinar Joseph até mesmo se
ele fosse um irmão vindo do além. Era assim com qualquer macho na minha vida.
— Jonas. — Disse Travis num tom de voz demasiado sério.
— Queen. — Retrucou Joseph num tom parecido. Ainda com um sorriso idiota no
rosto.
Porra! Eu podia ver pequenas partículas de testosterona no ar. Era um
terreno perigoso e eu sabia. Mas espera aí. Eu não disse o sobrenome de nenhum
dos animais selvagens. Caralho!
— O que está fazendo com ele? — Perguntou Travis me voltando a olhar, agora
de olhos cerrados. Arregalei os olhos, agora realmente assustada, e rapidamente
comecei a explicar.
— Travis, ele é...
Antes que pudesse explicar alguma coisa ali, Megan — prima de Travis —
apareceu saltitante enquanto se agarrava a ele.
— Você vai demorar Travis? — Perguntou sorridente. Eu era totalmente
invisível para ela e o fato de ela ter mais atenção do meu namorado do que eu
mesma me irritava profundamente.
— Não Megan. Já estou indo. — Disse sorrindo para ela. Ele não podia sorrir
um pouco pra mim? Não. Tudo o que eu recebi foi uma encarada e uma resposta num
tom grosseiro. — Depois conversamos.
Tudo bem. Eu percebi. Fiz asneira da grossa. Eu sei que devia ter contado
isto para o Travis mesmo antes de aceitar qualquer pedido insano do meu pai,
mas quando eu percebi Joseph já estava invadindo minha vida. Eu não tive tempo
de explicar a situação e aparentemente Travis também não queria ouvir.
— Vocês se conhecem? — Perguntei séria enquanto voltava a me sentar.
— Apenas de vista. — Respondeu simplesmente. Eu queria saber mais.
— De onde? — Questionei cruzando os braços sobre o peito.
— De vista. Não pergunte Demetria. — Disse olhando para o lado. Ele estava
sério. E estava me estressando.
— Porque não? — Insisti.
— Porque não vai querer saber. — Disse rude. Olhei-o surpresa pela
irritação dele e ri em descrença. Levantei de onde estava e saí da sorveteria
sem me importar se Joseph me seguia ou não.
Joseph estava louco de bipolaridade, Travis estava me ignorando enquanto
dava atenção extra à sua prima Megan e eu estava dando em louca. Pensando bem,
eu estava de férias também. Graças a Deus.
Não acredito que você voltou Flávia. AAAAAAAH QUE MARAVILHA. Meu dia não podia começar melho, mulher e essa web ai em. Sou apaixonada por ela, acompanho você desde a comunidade do orkut. E posta logo please. Quero ler essa fic de novo.
ResponderEliminarObrigada pelas boas vindas :)
EliminarEu vou postar esta bem rápido para ficar logo no arquivo e depois vou passar logo para Quando o Inesperado Acontece ;)
Posta sim, quero ler. Afinal todas as tuas fics são maravilhosas. Vou divulgar teu blog pras minhas amigas
EliminarSe fizer isso fico muito agradecida. Como a coisa do Orkut não está muito boa, estou tentando criar este blog numa espécie e comunidade.
Eliminar"TÁ DE TPM SUA DOIDA?" KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, morri!!!! Tá mt boa a fic, parabéns <3
ResponderEliminarBy: Clara Lovato
Obrigada :)
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