04/07/2014

Como se Apaixonar em 40 Dias - 6º Capítulo


Praguejei ao escutar o despertador tocando em pleno sábado e bati nele que imediatamente se calou. Onde eu estava com a cabeça quando me esqueci de desligá-lo? Encarei o teto e bufei. Sabia que não iria dormir mais. Levantei-me, peguei algumas roupas de desporto e caminhei lentamente até ao banheiro.
Depois de ter passado o dia de ontem vivendo como uma preguiça preguiçosa, decidi que tinha que aproveitar os meus últimos dias de férias antes de voltar ao inferno na terça-feira. Eu tenho deixado que Joseph e Travis me sugassem as energias e eu não podia. Não podia esquecer de mim mesma. Terminei o meu banho, vesti minhas roupas, prendi o cabelo num rabo de cavalo e calcei os meus ténis de corrida. Este corpo não se manteria se eu continuasse comendo sorvete daquele jeito. Tudo bem que não sou o modelo perfeito de mulher, mas tenho tudo no sitio e isso é algo que eu posso gabar.
Peguei o meu iPhone, a bolsa que o sustentava em meu braço esquerdo, os meus fones e as chaves de casa. Atravessei a sala e antes de sair verifiquei que Joseph ainda dormia. Estava completamente torto no sofá. Metade fora, metade dentro. Senti-me um pouco mal por vê-lo naquela situação e decidi que mais tarde daria um jeito nisso. Tapei-o melhor com a manta que o cobria até à cintura e segui para fora de casa.
Fiquei satisfeita ao ver que o céu estava limpo e ao ver que ainda podia sentir o cheiro do orvalho matinal. Era de manhã bem cedo que eu gostava de correr pela vizinhança. O sol não era forte e o calor não me sufocava. O ar fresco da manhã ajudava os meus pulmões e eu melhorava a minha resistência. Depois de dar cinco voltas pelo bairro, parei perto do parque para crianças que havia por lá e comecei a fazer alguns alongamentos ao som de Midnight City dos M83. Certo, o meu gosto musical é um pouco duvidoso  Oiço de tudo um pouco desde que me agrade. No entanto, nunca me verão fanática por alguma banda.
Já me preparava para voltar a correr quando a playlist foi interrompida e o sinal de chamada começou. Carreguei no botão dos fones e esperei que a voz falasse. Rapidamente sorri ao notar a voz de Valentina. Uma das minhas melhores amigas de faculdade. Louca era o melhor adjetivo para defini-la.
— Vamos sair esta noite! — Ouvi-a dizer. Nem tive oportunidade de responder. — Não aceito uma negação. Milah e Savanna também vão e você não vai escapar desta vez. Vamos a um pub qualquer e depois vamos à balada do costume.
— Bom dia para você também Valentina. Eu estou ótima, muito obrigada por perguntar. — Comentei ouvindo-a rir. — Você sabe que horas são? O que está fazendo acordada a esta hora da manhã?
— Foda matinal. Não consegui dormir mais. — Ri do palavreado dela e saí do parque para voltar à minha corrida.
— Você não cansa disso? Quem é a vitima da vez? — Perguntei divertida.
— O nome dele é Spencer e ele é o maior gostosão. Loiro, sarado e com uma tatuagem na bunda. — Fiz uma careta desagradável ao imaginar e ela rapidamente explicou. — Ele diz que foi em Vegas.
— Está explicado. — Falei rindo. Nada de bom acontecia em Las Vegas. — Ele vai durar? — Perguntei já sabendo a resposta. Valentina não se deixava agarrar. Eram casos sem compromisso e só. Ela dizia que vivia bem assim. Não a julgava.
— Você acha? — Perguntou rindo. Ri também e acenei a um vizinho que tinha saído para pegar o jornal. — Você sabe que eu não me comprometo. Não me chamo Demetria Lovato. Nunca na vida eu namoraria o mesmo garoto durante dois anos. Ou menos. Falando nisso, você vai levar o Travis esta noite? — Perguntou com uma voz ofegante. Não me interessava saber o que ela estava fazendo. Provavelmente se exercitando com as milhares de roupas e acessórios que ela tem no closet.
— Er, não. — Merda. Eu tinha esquecido de contar. Também não era exatamente minha culpa. A oportunidade ainda não tinha surgido.
— Porque não? — Perguntou confusa. — Está tudo bem?
— A gente terminou Valentina. — Falei dando mais uma volta.
— O quê? Como assim terminaram? Aleluia! — Festejou. Ri fracamente. Ela nunca gostou de Travis. — Me desculpa, eu sei que posso estar sendo uma amiga da onça neste momento, mas eu não via a hora de você terminar com aquele desgraçado.
— É, as coisas não resultaram como eu esperava. — Resumi sem vontade de contar mais naquele momento. — Nada que eu não consiga superar — Falei confiante. Suspirei já cansada e voltei correndo para casa.
— É assim mesmo que se fala. Você está livre. É mais um motivo para sair com a gente e comemorar. — Falou. Podia notar que ela sorria e revirei os olhos com a satisfação dela. Entrei em casa e vi que Joseph já estava acordado. Lembrei-me na hora que não poderia deixá-lo sozinho. Quer dizer, eu podia, mas não iria me sentir bem com isso.
— Só tem um probleminha. — Falei sorrindo para Joseph que se aproximou para beijar minha testa suada e dar os bons dias. Vi-o confuso e apontei para o celular no meu braço, indicando que não estava falando com ele.
— Qual? — Como eu ia explicar?
— O meu pai teve a ideia de me pedir um favor e eu acabei aceitando para fazer a boa ação do dia. — Comecei vendo Joseph rir. — Bem, agora tenho um amigo de família vivendo debaixo do mesmo teto que eu e vou-me sentir mal ao sair esta noite e não levá-lo com a gente. Acha que tem problema se eu levá-lo? — Perguntei olhando-o. Joseph fez sinal que não e eu perguntei por quê. Sem resposta. Ele apenas negava.
— Demetria Safada Lovato! Como assim você tem um homem vivendo debaixo do seu teto e não me fala nada? Foi por isso que você e o Travis terminaram? Ele é gostoso? Já pegou? Já...
— Valentina, pára de falar. Deus! — Interrompi exasperada. Joseph ria das caretas que eu fazia e ela continuava falando sem parar. Como alguém podia ter tanta energia? — Olha, eu posso explicar tudo depois porque por celular não dá jeito. Ai você pergunta o que bem entender. — Falei me arrependendo em seguida. Ela não me deixaria em paz. — A gente se vê logo. — Despedi-me.
— Você não se escapa Demi. — Ameaçou divertida.
— Eu sei que não. — Falei rindo e desliguei. Olhei Joseph com uma careta e suspirei.
— Amiga animada? — Perguntou bebericando o seu suco de laranja.
— Foda matinal. — Repeti as palavras de Valentina. Joseph cuspiu a bebida e eu ri. — Vai limpar. — Avisei tentando não rir mais.
— Foda matinal? — Perguntou como se não tivesse entendido.
— É. Ela fica com uma energia de dar inveja. Ou de fritar meu cérebro. — Tirei o celular do braço e caminhei até à cozinha. Tirei um copo, enchi de leite e bebi.
— Você pode sair com ela esta noite. Eu não vou. Não precisa se preocupar comigo. — Disse encostando-se no batente da porta.
— Nós vamos a um pub e depois vamos a uma balada. Tem certeza que não quer vir? Vai ter um monte de gata. — Avisei maliciosa. Ele riu, mas negou.
— Não. Agradeço, mas não desta vez. Na verdade eu queria pedir permissão para trazer os garotos aqui. — Falou.
— Você não pediu na outra vez. Porque está pedindo agora? — Perguntei confusa.
— Porque agora já não sou rebelde. A minha manifestação de rebeldia já passou.
— Sério? — Perguntei triste. — Eu até gostava de gritar com você. — Falei agora rindo.
— Que pacifica que ela é. — Ironizou.
— Sou! — Confirmei me aproximando dele. — E hoje meu amor, é dia de limpeza. — Falei debochada enquanto ele fazia manha.
— Sério? — Perguntou.
— Claro! A limpeza não se faz sozinha. Eu limpo o quarto, o banheiro, a cozinha e o hall. Você limpa a sala, dá um jeito na garagem e lava o meu carro. — Falei sorridente.
— Porque eu tenho que ficar com o carro? — Reclamou. — Você sabe que eu e ele não temos um bom convívio.
— Pois é hora de começar a ter. — Falei lhe entregando o aspirador com um sorriso satisfeito no rosto. A minha fossa já tinha passado.

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— AHHHHH DEMETRIA DOS INFERNOS! — Gritou Joseph da garagem. Caminhei porta fora e parei na entrada.
— Que merda você está fazendo? — Perguntei quando o vi caído no meio dos caixotes empoeirados que eu tinha por lá. Vi um dos caixotes agora vazios se mexendo nas pernas dele e gargalhei da cena gay que eu presenciei.
— AHHHH! TIRA ESSA COISA DE MIM! TIRA DEMÓNIO! — Gargalhei ainda mais quando um gato branco saiu do caixote assustado e fugiu pelo bairro. Vi Joseph se levantar com dificuldade. Eu queria ajudá-lo, mas eu não conseguia parar de rir. — Obrigada pela ajuda. — Ironizou. Ri mais um pouco e aproximei-me para tirar um pouco do esferovite que estava no cabelo dele.
— Desculpa. Eu não sabia que você e arrumação eram tão incompatíveis.
— Isso! Ri de mim! Queria ver se fosse com você! — Acusou.
— Comigo não seria. Eu não sou tão desastrada.
— Pensei que esses caixotes tivessem ganhado vida. — Falou agora rindo também. A cena tinha sido hilária.
— Agora que você está a salvo, vou voltar à limpeza. Arruma o que desarrumou pelo menos. — Pedi sorrindo. Virei as costas para voltar, mas fui impedida por Joseph.
— Espera Demi.
— Que foi? — Perguntei. Ele pareceu pensar um pouco, mas quando hesitou percebi que não diria nada.
— Nada, esquece. Pode ir. — Disse sorrindo.
Dei de ombros e continuei fazendo as minhas tarefas. O quer que fosse que ele iria dizer, não devia ser tão importante assim.

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— Ei bitches! — Falou Milah quando eu e Valentina chegámos ao pub. Acenámos para ela e para Savanna e logo nos juntámos a elas.
— Céus, que saudade de vocês. — Falou Savanna me abraçando.
— Céus, que gato moreno no bar. — Falou Valentina nos fazendo rir.
— Você não toma jeito. — Começou Milah.
— Olha quem fala! Sabem, no outro dia fui ao shopping comprar um vestido de cerimónia para um casamento e encontrei uma certa pessoa numa situação muito comprometedora! — Insinuou. Milah escondeu o rosto com ambas as mãos, claramente envergonhada e todas gargalhámos.
— O que você fez? — Perguntei.
— Ela estava de amasso com um gatão conhecido. Lembram do Diego? O brasileiro sarado e gostoso do time de futebol da faculdade? — Olhei para Milah de queixo caído e ela riu.
— O Diego? Sério? De novo? — Perguntei rindo. Não era a primeira vez que Milah e Diego tinham algo, mas depois da faculdade? Essa eu nunca iria imaginar.
— E tem mais. Eu acho que estou começando a gostar dele. Realmente. — Admitiu.
— Que novidade! — Dissemos eu, Savanna e Valentina em coro.
Rimos de novo e eu lembrei os velhos tempos da faculdade. Savanna não parecia ter mudado nada. Ela sempre foi a mais madura do grupo. Alta, loira, com estilo meio hippie. Era uma pega corações. Milah era a maior louca depois de Valentina. Baixinha, esbelta e dona de uns incríveis olhos verdes. Também não tinha fé em relações com compromisso, mas o Diego dava a volta nela. Valentina, como já se viu, é a maior desnaturada e safada do grupo. Lembrei que na faculdade não havia um único fim de semana que a gente não saía junto. Sempre tínhamos alguma história para contar e sempre havia muita risada. Eu sentia a falta delas.
— Certo, Demi. Agora você vai explicar.
— Explicar o quê? — Perguntei surpresa com a súbita mudança de assunto. Percebi que Savanna e Milah estavam tão confusas como eu, mas logo eu lembrei.
— Demetria Lovato tem, e escutem bem que eu não vou repetir. Demetria Lovato tem um gato vivendo debaixo do mesmo teto que ela. — Falou me fazendo rir. — E não é um gato de quatro pernas. — Acrescentou.
— Explica isso! Eu exijo saber! — Falou Milah animada.
— Primeiro, eu nunca disse que ele era um gato. — Comecei apertando a ponta do nariz de Valentina que fez uma careta. — Segundo, ele é um amigo de família. Mais os pais do que ele, mas ainda continua sendo um amigo de família  O meu pai pediu para que eu ficasse responsável por ele durante umas semanas. Não é nada de mais. — Simplifiquei.
— Mas que idade tem ele?
— Vinte e poucos. — Falei sem ter a certeza. Só aí me dei conta que eu não sabia realmente qual era a idade dele. Senti-me ignorante.
— Ele não é uma criança. Não entendo a parte em que você tem que ficar responsável por ele. — Falou Savanna.
— Ele é filho de pais ricos e os pais não gostavam muito do estilo de vida que ele levava. Queriam que ele mudasse um pouco.
— Qual é o nome dele? — Perguntou Valentina.
— Joseph Jonas. — Falei indiferente. Ela arregalou os olhos e eu já sabia que ia dar um ataque.
— AHHH! Eu não acredito. O gato do Joseph Jonas? O cara é uma lenda. — Falou Valentina. Cara? — O Spencer foi convidado para uma das festas dele uma vez e me levou com ele. Foi simplesmente um arraso. Só gatos bem acompanhados, boa música e até safadisse censurada rolava. Aquilo foi uma loucura. Ainda não era meia noite e o dono da festa já tinha sumido com alguma garota. Me diverti bastante nessa noite. — Falou maliciosa.
Não me perguntem o porquê, desde quando ou se fazia sentido, mas eu senti um breve incomodo ao ouvir sobre a “antiga vida” de Joseph. Talvez fosse porque eu não consigo imaginá-lo mais assim ou talvez porque é algo recente. Eu não sei explicar, mas me sentia um pouco desapontada. Não entendia. Não era da minha conta.
— Demi! Estou falando com você. — Disse Savanna enquanto Valentina ainda falava com Milah animadamente. Sobre Joseph. Senti a necessidade de mudar de assunto e filo da pior forma possível.
— Terminei com o Travis! — Falei de uma vez. Todas pararam para me olhar. Valentina festejou, Savanna estava confusa e Milah, bem, eu não sabia dizer ao certo. — Ele me traiu  E eu terminei. Aconteceu antes do dia dos namorados. Destruí os seus brinquedos. Dei a louca e adotei o cachorro dele.
— Meu Deus. Você está bem? — Perguntou Savanna preocupada. Pensei por um momento e sorri. Eu estava ótima.
— Sim. Tudo ótimo.
— Claro. A vadia tinha que estar ótima com um playboy em casa.
Virei-me para ver quem era e encontrei Travis parado perto da nossa mesa. Não pronunciei uma palavra. Estava chocada de mais para que pudesse falar alguma coisa.
— Olha como fala veado! — Falou Valentina em minha defesa. Agarrei seu braço e fiz sinal para que ela não revidasse. Não valia a pena. Travis ignorou qualquer comentário e aproximou-se de onde eu estava sentada.
— Eu realmente espero que você vá à Paradise depois deste pequeno convívio  Prometo estragar a sua noite. — E deu as costas me deixando atónita.
— Demetria! Porque deixou que ele falasse assim com você?
— Eu... Eu não sei. — Admiti confusa. Ele tinha sido um idiota e eu não tinha feito nada. Talvez eu não me importasse realmente. Talvez não fizesse diferença. — Acho que não me afeta mais. Só fiquei surpresa de mais por vê-lo aqui. — Expliquei ainda me sentindo confusa. — Acho que vou pra casa gente. — Falei perdendo a vontade de dançar ou beber.
— Ah não! — Reclamou Valentina. — Sério que vai deixar que ele te estrague a noite? Você não é dessas Demi.
— Ele já estragou Valentina. Ver aquele rosto idiota já me deixou enjoada.
— Tem certeza? — Perguntou Milah.
— Tenho. Podemos ir almoçar juntas na próxima segunda-feira. O que dizem? — Propus.
— Claro. — Responderam sorrindo.
— Então eu já vou indo. — Falei me levantando e abraçando-as.
Despedi-me e chamei um táxi. Eu sabia que devia ser errado eu deixar de me divertir por causa de Travis, mas não era apenas isso. Havia um Jonas que eu não tinha gostado de deixar sozinho. Com ou sem amigos.

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Sai do táxi e vi dois carros estacionados perto da minha casa. Caminhei em direção à porta da frente e abri-a devagar, tentando ao máximo não fazer barulho. Depois de entrar e tirar a jaqueta e os sapatos, dirigi-me à sala. Joseph, Brandon e Michael estavam assistindo Atividade Paranormal. Aproveitei o fato de ninguém ter dado pela minha presença e aproximei-me bem devagar dos três seres que tinham os olhos colados na tv. Cheguei perto de Joseph que estava no meio do sofá e soprei levemente em sua nuca, satisfeita por vê-lo arrepiar. Não consegui me conter.
— Your time has come! — Sussurrei agarrando seus ombros em seguida.
— AHHHHHHHHHHHHHHH! SAI DEMÓNIO! — Não aguentei e ri quando os outros dois gritavam devido ao grito dele. Eu gargalhava até a minha barriga doer e fiquei com pena de não ter filmado com o celular. Agora tinha os olhos todos em mim e o olhar furioso de Joseph só me fez rir mais e mais. — Você me paga por essa! — Resmungou enquanto saia pisando duro até à cozinha. Eu continuava rindo e só parei quando senti as mãos de Joseph em minhas costas. Algo frio desceu por dentro do meu vestido e comecei a contorcer-me para tentar tirar as pedras de gelo que ele ia acrescentando.
— PÁRA DESGRAÇADO! EU JURO POR DEUS QUE VOU FAZER VOCÊ QUEIMAR NO INFERNO! TIRA ISSO! TIRA! — Joseph ignorou a minha agonia e voltou para o sofá com um sorriso satisfeito.
Agora eram eles que riam e eu não encontrei outra opção. Ignorando os olhares masculinos da sala, abri o meu vestido e tirei-o, fazendo-o cair no chão, deixando a minha lingerie rendada preta ficar à vista. Apanhei o vestido do chão e sacudi-o para que o gelo já meio derretido saísse. Parei de sacudir o vestido quando reparei que as risadas tinham cessado e que todas as cabeças, menos a de Joseph, tinham virado de volta para a tv. Corei envergonhada ao ver os olhos dele analisando cada parte do meu corpo e tentei-me cobrir com o vestido que eu agora considerava inconvenientemente curto.
— Ok! A brincadeira acabou. — Falou levantando-se e fechando os olhos enquanto vinha até mim. Ele apalpou minha cabeça, desceu para os meus ombros e me virou me empurrado na direção errada do quarto.
— Pela esquerda. Aí é a cozinha. É agora que você devia ter os olhos abertos, idiota. — Ouvi as risadas dos outros dois atrás de nós e Joseph acabou por rir também. A situação não podia ser mais constrangedora. Cheguei inteira ao meu quarto e rapidamente vesti o roupão preto que estava em cima da cadeira do quarto. Virei-me para encontrar um Joseph olhando o chão. — Já está. — Falei baixinho. Ele sorriu e veio até mim.
— Por muito que eu gostasse da visão anterior... AU! — Reclamou quando dei soco em seu braço. Sorri envergonhada e ele também sorriu. — Boa noite Demi. — Disse beijando minha testa e me dando um abraço de urso.

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