05/07/2014

Como se Apaixonar em 40 Dias - 15º Capítulo (+18)


O vinho era ótimo e isso eu não podia negar. Eu percebia que Joseph mal tinha tocado no copo, mas sabia que era por responsabilidade e não por falta de vontade. Afinal, era ele quem levaria o carro quando fossemos para casa. Isso me fez ver que ele estava mudado. Eu sei que ele já tinha mudado antes, ou apenas me tinha mostrado um lado que eu nunca conhecera, mas desta vez era diferente. Ele estava calado enquanto ouvia algo que Diego lhe falava e dois de seus dedos pressionavam seus lábios e seu queixo. Ele estava incrivelmente másculo e eu suspirei. Eu não estava dormindo com um garoto. Eu andava dormindo com um homem!
— Está babando. — Segredou Milah ao meu lado. Olhei-a assustada e passei a mão disfarçadamente em meu queixo. Eu não estava babando coisa nenhuma. Ri quando ela riu também e beberiquei mais um pouco do meu vinho. — Sabe, ele parece ser realmente legal. — Disse fazendo-me olhar Joseph novamente.
— Ele é. — Concordei.
— Vai deixar escapá-lo? — Perguntou deixando-me confusa.
— Como assim? — Perguntei de volta.
— O cara está de quatro por você Demi. — Disse fazendo-me sorrir timidamente. — Eu entendo o que vocês têm. Eu fui assim com Diego. — Disse. — Primeiro nos beijámos sem nunca ter imaginado isso, depois nos envolvemos e nos separámos. Agora ele diz que me ama quando me acorda todos os dias.
— Ele o quê? — Perguntei atónita. Ela sorriu completamente feliz e eu percebi que ela ainda não tinha contado a ninguém. — Eu pensei que vocês apenas se tinham enrolado de novo, não pensei que...
— É, eu sei. Eu também não esperava por isso. Fiquei assustada quando ele o disse pela primeira vez e pensei em fugir correndo, mas parei para pensar e percebi que me sentia da mesma forma. Não havia qualquer motivo para fugir. Eu estou feliz com ele. De verdade. Não vou deixá-lo escapar de novo. — Concluiu.
— O que eu sinto por Joseph não é amor. — Expliquei olhando para ele. Joseph olhou-me brevemente e sorriu, voltando à sua conversa com os rapazes.
— Eu também não o sentia por Diego, mas agora é tudo o que sinto. Foi um passo curto até que acontecesse e não adianta tentar fugir. Isso te persegue. Antes que dê conta tudo se torna mais sério do que você alguma vez imaginou. — Disse enquanto segurava minha mão. — Acho que é assim que acontece. Você se apaixona quando menos espera e por quem menos espera. Não há forma de evitar.
— Talvez, mas eu já senti isso com Travis e com Joseph não me sinto assim.
— O que você sentia por Travis era empatia. Não amor. Travis te fazia sentir viva do jeito que Joseph faz? Ele te fazia pensar em loucuras e principalmente ter vontade de realizá-las?
— Não. — Respondi baixo enquanto observava Joseph rir de alguma coisa que Cody tinha dito. — Ele não fazia.
— Quer um conselho? — Perguntou com um sorriso. Assenti e olhei-a. — Não lute contra isso. Você pode não encontrar outro como ele. E faça quantas loucuras você puder. Viva para sempre. — Disse bebendo de seu copo.
— Isso são dois conselhos. — Ri enquanto ela dava de ombros.
— Eu já estou sentindo tudo em dobro mesmo. — Falou enquanto brindava comigo. — Posso sempre dar um conselho a mais.
— Eu te amo Milah. — Declarei dando-lhe um abraço apertado. — Feliz aniversário.
— Assim eu choro. — Falou a fingida. Rimos e depois olhámos a mesa. — Cadê a maldita da Valentina? — Perguntou olhando Savannah que parou de falar com Cody e os rapazes.
— Cadê o Brandon? — Perguntei notando a falta de presença dele. Olhei para Joseph e ri.
— Provavelmente fazendo algo público. — Comentou Cody enquanto abraçava Savannah. Levantei-me tentando manter o equilíbrio e ajeitei o vestido nas minhas coxas.
— Aonde vai? — Perguntou Joseph confuso.
— Conseguir a minha vingança. — Falei caminhando para os banheiros do restaurante.
O restaurante tinha uma decoração escura e bastante agradável e o fato dos banheiros serem mais afastados das outras alas fazia-me lembrar um banheiro de uma boate. Escuro, afastado e vazio àquela hora da noite. Conversa vai, conversa vem e mais um copo aqui e ali e a conversa prolongou-se. Devia ser umas dez da noite e a gente ainda fazia a festa. Eu sabia o que Valentina devia estar fazendo e sorri maliciosa ao imaginar a minha vingança. Quem mandou ela me fazer passar vergonha?
Quando estava perto de entrar no banheiro masculino para ouvir se estavam por ali, senti-me ser puxada para o banheiro feminino. Debati-me como uma louca e tentei gritar, mas o ser suicida empurrou-me contra a parede e fez-me olhá-lo. Suspirei aliviada ao ver que era Joseph e quando ia bombardeá-lo com perguntas vi-o trancar a porta da cabine em que estávamos. Olhei-o interrogativamente, mas o olhar que ele lançou pelo meu corpo deu-me calafrios.
— O que... O que pensa que está fazendo? — Perguntei baixinho.
— Shh. — Pediu percorrendo o meu lábio inferior com seu polegar. Ele estava muito próximo e não contive um suspiro quando o senti colar seu corpo ao meu. — Estou lhe dando uma nova primeira vez. — Disse deixando-me confusa. Ele estava colado em mim e eu sentia algo duro me cutucando. Safado! Ele não me deixava pensar.
— Você quer... Aqui? — Perguntei sentindo suas mãos em meus quadris. Recebi um aperto e dei um gemido de aprovação com o toque ousado.
— Não tem ninguém. — Respondeu mordendo o lábio inferior.
— Mas pode aparecer. — Retruquei levando ambas as mãos aos seus cabelos.
— Então não poderá fazer barulho. — Disse rindo enquanto deslizava as mãos para de baixo do meu vestido.
Eu sentia as suas mãos quentes, sentia seu corpo e sentia seus lábios, mas eu não conseguia pensar em tudo ao mesmo tempo. O calor que estava sentindo era insuportável e eu só queria que ele me possuísse de uma vez, mas também havia o perigo de alguém entrar e sermos pegos no flagra. Seria o mico da minha vida. Era impossível ser coerente naquele momento. Aqueles safados tinham razão. Adrenalina era pior que veneno. Nunca senti tanto calor como naquele momento apesar de não estar coberta até ao pescoço.
Eu queria aquilo, queria muito, por isso mandei tudo para os ares e puxei Joseph para um beijo urgente. Seus lábios formaram um sorriso safado e não consegui evitar fazer o mesmo quando o senti arrastar as laterais da minha calcinha pelas pernas. Amaldiçoei os meus saltos quando a renda se enrolou nos mesmos, mas logo a sacudi enquanto Joseph me apertava contra ele. Eu sabia que não ia haver carinho. Eu sabia que nas palavras de Valentina aquilo iria ser uma pura foda, mas não me importava. Eu queria que fosse apressado, queria que fosse selvagem e principalmente queria que fosse com Joseph.
— Você está deixando-me louco desde que apareceu com esse vestido na minha frente. — Sussurrou na curva do meu pescoço enquanto subia o mesmo até minha cintura.
— Se eu soubesse já o teria usado antes. — Falei enquanto tirava sua camisa. Felizmente ele tinha deixado a jaqueta no salão.
O corpo de Joseph era perfeito e eu gostava de admirá-lo. Mais que tudo, gostava de tocá-lo. Sua pele era macia e quente e eu nunca resistia em fazer carinho em seus ombros ou em sua nuca ou pescoço. Era algo que eu nunca conseguia evitar. Quando pensava sobre isso o carinho já tinha sido feito e eu não podia voltar atrás. Eu não sabia de onde vinha essa necessidade, mas foi o que aconteceu desta vez também.
Num ato rápido, Joseph levantou-me pelas coxas e encaixou-se em mim. Não doeu, mas a surpresa foi tanta que não consegui evitar que um gemido mais alto saísse de meus lábios. Sua boca cobriu a minha enquanto ele se movimentava dentro de mim e eu abracei-o pelos ombros ao mesmo tempo em que sentia minhas costas irem contra a parede. Mordisquei seu lábio inferior quando ele parou de me beijar e fixei meus olhos nos dele. Não sei o que transmiti pelo olhar, mas Joseph sorriu e por um momento as coisas mudaram. Ele abrandou as investidas e segurou meu rosto carinhosamente com uma das mãos enquanto me segurava contra ele com o outro braço. Olhei-o confusa e movi o meu quadril contra ele, ansiando pelo ritmo anterior. Ele sorriu ainda mais e em seguida beijou-me lenta e carinhosamente. Arrepiei ao sentir sua língua na minha enquanto ele se mantinha dentro de mim e abracei-o mais apertado.
— Mais... — Implorei contra seus lábios. Vi um sorriso gentil e sorri também.
— Não era para ser assim. — Sussurrou voltando a investir com força dentro de mim. Ele parecia estar falando de outra coisa, mas minha mente estava nublada de mais para que eu pudesse pensar nisso. — Você está deixando-me louco.
Não respondi às suas palavras. Em vez disso beijei-o com todo o desejo que estava sentindo naquele momento. Eu nunca pensei que fazer sexo daquele jeito era tão prazeroso. Nunca pensei que algum dia me arriscaria a fazer uma loucura destas. Então lembrei as palavras de Milah: Travis te fazia sentir viva do jeito que Joseph faz? Ele te fazia pensar em loucuras e principalmente ter vontade de realizá-las? Não! Porra. Não, ele não me fazia pensar em loucuras. Ele não me dava vontade de realizar qualquer desejo reprimido que eu pudesse ter. E não, ele não me fazia sentir viva como eu me sentia neste exato momento. Senti todos os músculos do meu corpo se retesarem e puxei os cabelos de Joseph enquanto ele me apertava fortemente contra ele. O clímax chegou para nós dois no mesmo instante e eu senti minha mente girar enquanto Joseph respirava ofegante contra a curva dos meus seios.
— Eu nunca me senti tão viva. — Sussurrei ainda abraçada a ele. Acariciei sua nuca e percebi que estava fazendo aquilo de novo. Senti um beijo carinhoso em meu ombro e Joseph saiu de mim lentamente.
— Está vendo que não é tão ruim assim? Ninguém apareceu. — Disse pousando-me no chão. Senti minhas pernas tremerem e segurei-me nele que percebeu o efeito que tinha em mim. Eu ainda sentia ondas de prazer percorrerem meu corpo e ele sabia disso. — Eu nunca te disse isso, mas eu gosto da ideia de ser o seu Pénis se Ouro. — Brincou esfregando a ponta de seu nariz contra a minha. Ri das palavras dele e parei quando percebi a forma que ele me olhava. Ele não estava brincando, ele estava sério de mais para estar brincando.
— Sério? — Perguntei repentinamente envergonhada.
— Sério. Estou feliz que seja eu e não outro homem qualquer. — Admitiu enquanto beijava meu pescoço e me apertava contra seu peito.
— Você está possessivo. — Comentei fazendo desenhos invisíveis em seu ombro.
— Isso é mau? — Perguntou.
— Faz-me sentir bem. — Admiti. — É mau se te faz sentir bem? — Perguntei de forma retórica. Joseph não respondeu, mas sorriu e beijou-me carinhosamente.
Não ficámos no banheiro por muito mais tempo. Depois de nos recompormos e de eu ajeitar meu cabelo, voltámos para o salão juntos. Não me preocupei em entrar de mãos dadas com Joseph. Valentina e Brandon já tinham voltado e o olhar safado que ela me deu mostrava-me que sabia da minha pequena aventura. Milah sorria enquanto nos olhava e depois de muita risada e brincadeira, Valentina tomou a atenção e resolveu finalmente mostrar a surpresa dela.
Não foi surpresa quando um garçom do restaurante apareceu trazendo um tabuleiro enorme com um bolo de aniversário na forma do número vinte e quatro. Não era algo muito original, mas depois de tanta discussão entre Savannah, Valentina e eu, achámos que simples era melhor já que tínhamos escolhido um presente tão pessoal. Notei que havia algo diferente no bolo e olhei Savannah que me olhava também confusa. Quando o garçom deixou o bolo na mesa e acendeu as velas é que eu notei o que contornava a parte exterior dos números de chocolate.
Gargalhei e escondi o rosto na curva do pescoço de Joseph que também ria. Camisinhas! Inúmeras camisinhas de várias cores e tamanhos decoravam o bolo mais simples de sempre, tornando-o pervertido só como Valentina sabia fazer. Eu não sei quando é que ela arrumou tempo para escapar e preparar aquilo, mas a verdade é que todo mundo ria da brincadeira. Até o garçom ria quando se afastou.
— Eu não acredito que vocês fizeram isso. — Disse Milah depois de cantarmos os parabéns. Ela ria enquanto era abraçada por Diego. Olhei para Savannah rapidamente e ambas apontámos para Valentina que levantou as mãos na altura da cabeça como se fosse inocente.
— Foi coisa dela.
— É, eu confesso. — Disse Valentina rindo. — Vocês são puritanos de mais e precisam se soltar. Sexo é bom de mais para ser reprimido.
— Ela tem razão. É bom de mais com você. — Ouvi Joseph sussurrar enquanto me abraçava pela cintura. Corei envergonhada e sorri quando ele beijou minha testa. Olhei Milah que me olhava com um sorriso no rosto e vi-a piscar-me o olho como se dissesse novamente “não o deixe escapar”. Sorri e assenti entendendo a mensagem e quando ia dar atenção ao resto do povo, senti uma camisinha vir contra mim. Peguei-a desajeitadamente e olhei-a.
— Sabor de menta? — Perguntei olhando para Valentina que distribuía camisinhas pelo povo enquanto Milah partia o bolo.
— Você é doce de mais meu amor. Menta combina com você. — Respondeu safada.
— Er, não vai caber. — Ouvi Joseph dizer atrás de mim. Olhei-o atónita tal como qualquer outra pessoa e vi-o com os olhos postos na camisinha. Ele sorriu e deu de ombros. — Não é o meu tamanho.
Não respondi, mas sorri enquanto ouvia Valentina fazer uma festa juntamente com Milah e Savannah. Beijei Joseph e senti-o sorrir enquanto me agarrava contra ele. Não era minha culpa se o meu Pénis de Ouro era bem dotado.

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