Aeroporto, Florença, IT
— O que você compraria para
uma criança? — Perguntou Joseph parado de braços cruzados, com uma cara de
emburrado, olhando para uma estante de bonecas de uma loja de conveniência.
— Para que você quer um
presente de criança? — Perguntou com uma sobrancelha erguida. Joseph suspirou e
olhou-a, quase implorando por ajuda. — Tudo bem, não precisa me contar. — Disse
se aproximando dele e colocando uma mão em seu ombro. — Como ela é?
— Uma criança. — Disse óbvio,
fazendo Demetria revirar os olhos.
— É menino, menina, idade, do
que gosta, essas coisas! — Exclamou divertida.
— É uma menina. E eu não sei
do que ela gosta. — Mentiu. Demetria não podia saber de Elizabeth e qualquer
passo em falso ela saberia. Demetria era inteligente e não era dificil juntar
as peças do puzzle.
— Assim complica. — Disse
rindo. Joseph sorriu ao ver Demetria rindo e voltou a olhar a estante que lhe parecia
ser cor de rosa de mais. — Sabe a idade dela?
— Tem seis anos. — Respondeu
prontamente.
— Como ela é fisicamente?
— Assim. — Disse tirando uma
foto de Elizabeth da carteira e entregando a Demetria.
Na foto, Elizabeth brincava no
baloiço do enorme jardim de Jason, na mansão que seria de Demetria muito em
breve. Ela ria de olhos fechados devido a alguma piada de Jason e os cabelos
esvoaçavam ao vento. Era a foto preferida de Joseph e ele levava-a com ele pra
qualquer lugar. Observando a reação de Demetria, Joseph viu os olhos dela
brilharem enquanto acariciava a foto como se acariciasse a própria Elizabeth.
Ela não podia saber quem ela era, mas podia saber como ela era.
— É linda. — Sussurrou
Demetria encantada. — Tenho a certeza que é uma autêntica princezinha._Disse
agora olhando-o nos olhos sem deixar de sorrir. Joseph sentiu-se aquecido por
dentro e pensamentos loucos passaram por sua mente. Não impróprios, mas loucos.
— E é. — Concordou Joseph. —
Pode me ajudar? — Demetria suspirou e assentiu.
— Não sabe mesmo do que ela
gosta? — Insistiu tentando achar algo que a pudesse ajudar.
— Ela gosta de arte. — Disse Joseph
por fim.
— Podia ter poupado nosso
tempo. — Disse arrastando Joseph pra fora da loja e pra fora do aeroporto.
— Não podemos sair daqui
Demetria! Nosso voo parte daqui a uma hora e meia. Sim, porque você quis viajar
num voo comercial e agora temos uma hora marcada. — Resmungou acompanhando o
passo dela. Demetria parou e olhou-o divertida.
— Será que você consegue
normal por um minuto? — Perguntou.
— Acredite querida, jatos
particulares são o meu normal. — Respondeu sorrindo.
— Pois então vai ter o meu normal
desta vez. Lide com isso. — Disse apontando o dedo contra a testa dele, puxando-o
novamente em seguida. — E vamos logo senão não apanhamos o homem lá.
— Que homem? — Perguntou
assustado, fazendo-a parar no mesmo instante. Ela era louca?
— Vamos logo, depois você vê.
— Disse arrastando-o de novo.
— Tudo bem. Pode devolver a
fotografia ao menos? Preciso dela. — Resmungou.
— Eu também. Agora cala a boca
e vem comigo.
Joseph olhou-a indignado e
depois gargalhou. Era Demetria Lovato e isso bastava. Ao ver que ela ainda
segurava sua mão distraidamente, Joseph sorriu e acariciou a pele clara e
macia. Amigos era o que ele tinha proposto serem e até aquele momento estava
funcionando muito bem. Demetria não parecia sentir nada por ele além de amizade
e foi por isso que ela concordou rapidamente em que ficassem daquele jeito,
conhecendo-se aos poucos. Ele pelo contrário sentia que ficaria louco. O desejo
que sentia por Demetria era forte e ele sabia que teria que aprender a lidar
com isso. Joseph queria se envolver com ela, queria-a numa cama completamente
nua sobre lençóis de cetim, queria sentir o corpo dela sob o seu e queria
fazê-la dele até à exaustão. Desejava-a e queria tê-la nos braços, mas sabia
que seria uma noite de sexo e nada mais. Não podia se envolver num
relacionamento com ela e também não podia ser tão egoísta assim. Não com ela.
Sabia que ia continuar a ajudá-la em tudo o que precisasse e sabia que ela
agora confiava mais nele, assim como ele confiava mais nela.
Quando Demetria chegou a uma
praça do outro lado da rua, soltou a mão de Joseph e virou-se pra ele
rapidamente, deixando-o surpreso.
— Compra um capuccino pra mim?
— Pediu sorrindo.
— O quê? Você quer um
capuccino antes de viajar? — Perguntou incrédulo.
— Sim. — Confirmou sorrindo.
— Você vai enjoar como na
outra vez. — Avisou divertido.
— Não vou não.
— Então vem comigo. Não vai
ficar aqui sozinha. Tem louco por tudo que é canto.
— Não, você vai. — Ordenou
empurrando-o.
— Demetria... — Começou com o
tom ameaçador que ela tanto odiava.
— Não comece. Esta praça está
cheia de gente boa. Você que me pediu ajuda com o presente para a princezinha
da foto. Estou tratando disso! Agora vai logo que estamos perdendo tempo! — Disse
encarando-o emburrada.
— Se algo acontecer dá um
berro. — Ordenou apontando o dedo na cara dela.
— Ta bom senhor proteção.
Agora vai logo e me espera lá mesmo. Vai bebendo se eu demorar.
Joseph não disse nada, olhou-a
confuso, mas mesmo assim seguiu caminho em direção à cafetaria do outro lado da
praça, deixando Demetria sozinha.
Assim que se viu sozinha,
Demetria andou rapidamente em direção a uma das ruelas e encontrou um senhor de
idade numa esquina. O homem usava uma boina preta, como um tipico italiano
usaria, e óculos pequenos em formato de meia lua. As roupas simples davam-lhe
um ar rustico, mas o sorriso no rosto dele mostrava o quão era simpático.
Demetria aproximou-se devagar, tentando não encostar nas muitas telas à volta
de onde o homem estava sentado e despertou a atenção dele que preparava diferentes
lápis de carvão.
— Buongiorno. — Cumprimentou
com um sorriso. Seu italiano não era o melhor do mundo, mas ela faria o que
pudesse para ter um retrato daquela garotinha nas mãos. — Sarai in grado di
fare un ritratto di questa ragazza? — Mostrando a fotografia ao homem de idade,
viu-o sorrir ao ver a beleza da pequena na foto. Será que ele conseguia fazer
um retrato a partir daquela foto?
— Si. — Confirmou sorrindo
enquanto pousava a foto perto da tela de desenho e começava a desenhar os
contornos principais. — Miss è affrettata? — Apressada seria pouco para
Demetria. Sabia que não podia enrolar Joseph por muito tempo, mas queria que
ele apenas visse o resultado já no final.
— Si, un poco. — Confirmou
observando os quadros à sua volta.
O homem desenhava perfeitamente
bem e não desenhava só aquilo que as pessoas lhe pediam. Ele desenhava o que
via à sua frente. Tinham quadros de casais apaixonados caminhando de mãos
dadas, tinham quadros de casais bebendo café ou simplesmente se abraçando.
Todos retratavam o amor de jovens casais e Demetria sorriu ao ver que aquele
homem vivia para retratar o amor juvenil. Demetria analisou cada um dos quadros
e reparou que alguns estavam inacabados. Corpos a meio, pessoas sem rosto e até
bancos solitários. A curiosidade invadiu-a e acabou por perguntar.
— Perché le foto così tanti
incompiuto?
— La gente vive troppo in
fretta. Non si può disegnare qualcosa che non si ha il tempo di vedere
allegramente.
Ele tinha razão em cada
palavra. As pessoas viviam rápido de mais sim. Não tinham tempo de aproveitar
aquilo que têm. Era impossível desenhar algo que não se apreciou. Ela entendia
essas palavras. Quando Demetria desviou o olhar por uns segundos para observar o retrato da princezinha que a encantara,
foi impossível não sorrir. Estava ficando perfeito. Os contornos bem delineados
e os olhos bem destacados no meio de toda a beleza. Parecia ainda mais bonito
que a fotografia original. Depois de apreciar o retrato que o homem fazia,
Demetria voltou a encarar os quadros à sua volta e quando olhou perto do
pequeno banco em que o homem estava sentado, quase caiu ali mesmo. O homem
tinha feito um retrato dela e de Joseph, apenas a alguns minutos atrás.
— Bellissimo ritratto, no? — Perguntou
sorrindo. Demetria concordou, estava realmente belo. O dia apenas amanhecera à
duas horas e o sol ainda estava baixo, deixando assim os olhos de ambos
bastante brilhantes. O cabelo de Joseph estava destacado e os contornos de seu
corpo mostravam o quão forte era. Já ela, parecia pequena ao seu lado. Indefesa
e ao mesmo tempo protegida. Tinha sido apenas uma conversa, mas naquele quadro
parecia muito mais. — Si tratta di puro amore. So riconoscere quando la vedo.
Puro amor. Isso não existia.
Demetria sabia disso e desta vez não concordava com o que o homem dizia. Ela
não era apaixonada por Josephe. Gostava dele, sim, mas estava longe de estar
apaixonada. O mesmo acontecia em relação a ele. Era atração física e nada mais.
Mas por algum motivo que
desconhecia Demetria não queria deixar aquele retrato ali, na rua à espera que
alguém o comprásse. Não, ela precissava dele consigo. Uma lembrança.
— Quanto costa? — Perguntou
tirando a carteira da mala depois de apontar para o retrato no chão. Viu que o
homem a olhava sorrindo e esperou pela resposta que estava demorando a vir.
— Ecco, prendi. — Disse
entregando-o a Demetria. Ela não podia aceitar algo sem pagar. Não algo que dá
todo aquele trabalho. Tentou explicar que não queria levar o retrato sem pagar,
mas o senhor insistia. — Un regalo di Firenze. — Demetria acabou por aceitar e
sorriu encantada ao ter o quadro nas mãos. Era verdadeiramente um presente de
Florença. Tudo aquilo estava sendo um presente, e ao mesmo tempo uma loucura na
sua vida.
Depois do retrato ter ficado
pronto, Demetria pagou pelo serviço rápido e agradeceu pelos quadros enquanto
os protegia com um pano branco e fino, colocando ambos os quadros dentro de um
saco grande de papel. Em seguida, correu desajeitadamente de volta à praça com
a fotografia na mão e encontrou Joseph sentado num banco com uma cara nada boa.
— Aqui, a fotografia da
princezinha. — Disse entregando-a a Joseph e pegando o capuccino de sua mão,
ignorando totalmente o fato de ele estar vermelho de raiva e bufando de
irritação. — Obrigado pelo capuccino. E não me mate. A demora foi necessária,
mas ficou perfeito._Disse com os olhos brilhando. — Agora vamos voltar para o
aeroporto ou perdemos o voo.
E sem dar tempo de resposta,
agarrou na mão de Joseph e arrastou-o consigo em direção ao aeroporto, quase
fazendo com que ambos fossem atropelados. Quando chegaram ao avião, entraram
rapidamente na seção de primeira classe e sentaram-se um de frente para o
outro, exatamente como tinha sido no jato particular. Demetria pousou o saco
com os quadros no assento ao lado e reparou em duas mulheres bonitas, bem
vestidas e claramente com os olhos postos em Joseph. Felizmente ele estava
demasiado ocupado com o cinto de segurança para notar e isso poupou um
constrangimento.
— Você é louca. — Disse Joseph
incrédulo depois de prender os cintos. Ainda estava ofegante da correria que
teve com Demetria e ainda não acreditava que ele, um magnata famoso dos Estados
Unidos, tinha corrido uma quase maratora em plena Florença.
— Fala o tarado que invadia o
meu quarto todas as noites. — Rebateu fazendo as mulheres levantarem-se
assustadas e mudarem para o outro lado do compartimento do avião.
— Não foi todas as
noites._Esclareceu fazendo-a sorrir divertida. — E eu não sou tarado!
— Eu sei. — Disse
simplesmente.
— Vai me deixar ver o
presente? — Perguntou apontando para os quadros dentro do saco.
— Depois você vê em casa, está
protegido e se tirar o pano, pode estragar até chegarmos. — Explicou vendo-o
assentir satisfeito.
— São dois quadros, não devia
ser só um? — Perguntou fazendo as mãos de Demetria tremerem.
— Sim. Comprei um quadro pra
mim. É um pôr do sol de Florença. Achei-o bonito e resolvi trazer uma
lembrança. — Desde quando mentia tão credivelmente?
— Fez bem então. — Disse
sorrindo.
Depois disso o assunto de
conversa mudou para trabalho e Joseph esqueceu-se completamente do saco ao lado
de Demetria. Ela não queria que ele soubesse do retrato. Não sabia qual seria a
reação dele e era por isso que o queria guardar apenas pra si mesma.
Aeroporto,
Dallas, TX
Joseph andou até ao estacionamento do aeroporto e ao seu lado ia Demetria.
Havia um carro diferente para cada um deles e Demetria respirou fundo quando
chegaram perto deles. Será que tudo ia mudar novamente? Será que Joseph ia
voltar a ter a mesma atitude de antes? Ela não sabia e a dúvida ficou em sua
cabeça.
— O que achou da sua primeira viagem a Florença? — Perguntou Joseph
relaxado.
— Ah, nada de mais sabe. Só viajei num jato particular, tive um baile em
pleno castelo, dancei com dois magnatas super famosos. Você sabe. Coisas comuns
que qualquer pessoa faz. — Brincou fazendo-o rir.
— Você tem um senso de humor que eu desconhecia. Gostava mais de você
quando ainda se intimidava e corava com a minha presença. — Disse fitando-a
profundamente. Demetria sorriu timidamente e sentiu-se corar, olhando o chão em
seguida. — Pelos vistos ainda acontece. — Disse satisfeito. Demetria viu o saco
de papel ao lado dela e viu ali a oportunidade de mudar de conversa.
— Aqui, não esqueça. — Disse Demetria pegando no saco com os quadros.
Joseph entendeu a mudança de assunto, mas não disse nada. Sabia que eram
amigos, mas também sabia que nem tudo mudara.
Quando Demetria olhou o interior do saco, quis se bater ali mesmo. Como
não pensara naquilo antes? O que ia fazer agora? Os dois quadros eram do mesmo
tamanho e ambos estavam protegidos por um pano branco, fino. Qual delas era o
certo?
— Algum problema Demetria? — Perguntou vendo-a parada, olhando o saco.
— Não, nenhum. — Disse rapidamente. Rezou para que escolhesse o certo e
pegou num deles, entregando-o a Joseph. — Espero que ela goste. — Disse mesmo
sem saber quem era a garotinha.
— Obrigado. — Agradeceu. — E não só por ter-me ajudado a escolher o
presente, mesmo sendo você quem escolheu. Estou agradecendo pela viagem também.
Tudo dela. — Disse pensando na noite do baile, onde ele tinha contado metade da
verdade e ela entendera.
— Não tem que agradecer. Tenho que ir agora. — Disse querendo tirar a
dúvida que a sufocava. Não podia ter-se enganado. — Estou cansada da viagem. — Joseph
assentiu o aproximou-se, segurando seu rosto delicadamente.
— Descanse. — Disse dando-lhe um beijo na testa, fazendo-a sorrir
lindamente com o carinho. — Vejo você no trabalho amanhã.
Demetria assentiu e caminhou
elegantemente em direção ao carro. Joseph esperou pacientemente que ela
entrasse e partisse e só depois é que seguiu seu caminho.
Em questão de minutos Joseph
entrava pela porta principal de casa, pousando as malas no chão do hall. A casa
encontrava-se silenciosa. Silenciosa de mais para uma tarde de quinta-feira. A
verdade é que ele esperava ser recebido com um grande grito e abraço de
Elizabeth. Claro que isso não acontecer, já devia esperar por isso.
Suspirando cansado, Joseph
pegou novamente nas malas e no presente de Elizabeth e subiu as escadas
lentamente em direção ao quarto. Largou as malas num canto, o presente na cama
e foi até ao banheiro tomar um banho. Aquilo tinha sido mais que uma simples
viagem de negócios e o cansaço estava a fazer-se notar naquele momento.
Depois de ter o banho tomado e
de ter vestido uma roupa confortável, Joseph sentou-se na cama e suspirou
sentindo os olhos pesarem. Olhou para o lado da cama e viu o quadro. Sorriu ao
lembrar do que Demetria o fizera passar e pegou nele, estava curioso para saber
o que Demetria tinha aprontado e sem esperar mais pegou numa das pontas do pano
fino e tirou, descobrindo o quadro. Surpreendeu-se ao ver a imagem refletida
nele e sorriu. Ela era inacreditável.
Era um retrato deles dois,
sorrindo divertidos enquanto ela o convencia a deixá-la naquela praça. Estava
claro que Demetria tinha mentido quando disse que aquele quadro era um retrato
de um pôr do sol de Florença e estava claro que tinha havido uma troca dos
quadros. Joseph dedilhou os contornos do corpo de Demetria na tela branca e
lembrou-se de quando tinha tido suas curvas entre os dedos. Lembrava-se da pele
sedosa e lembrava-se do perfume. Lembrava-se das sensações que isso lhe causava
e lembrava-se que não podia continuar com aquilo. Era errado e ao mesmo tempo
tão preciso. Observou as feições dela com atenção e viu que apesar de aquele
ser um retrato feito a lápis de carvão, conseguia-se perceber o brilho nos
olhos dela. O sorriso perfeito refletia-se nos olhos dele na tela e ele parecia
feliz como há muito não estava. Não se lembrava da última vez que sorrira
completamente feliz e não se lembrava de alguma vez ter cometido uma loucura
num país estrangeiro. Toda aquela viagem tinha sido uma loucura. Uma loucura
boa que o fazia sentir-se bem com ele mesmo.
Está lindo, fofo... perfeitoo ♥
ResponderEliminarPosta logooo
essa historia é maravilhosa, fico so esperando quando voce posta
ResponderEliminarEntrei no blog para dar uma olha e vejo Flavia postando Inocente Demetria. Preciso dizer que surtei ? Vim matar a saudades dos tempos de orkut <3 <3 <3
ResponderEliminarMuuuito bom , Flavinha sempre a melhor !
Bjos linda e continue postando em !
POSTA LOGO GAROTA PELO AMOR DE DEUS JA LI E RELI ESSES CAPITULOS NAO SEI QUANTAS VEZES. em caps pra dar mais emoçao mesmo u.u hehe
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